Comecei, de mansinho, muito a medo
desconhecendo ruas, trilhos, vielas
Apalpei temerosa o desconhecido
que curioso me questionava
sempre que lhe tocava
Primeiro um dedo, dois, três, a mão
deslizando pelo seu corpo rígido
entre acromas planícies e vales
de saliências rochosas, desertas
áridas de mim. Tudo em vão.
Persistente, determinada, curiosa
de saberes novos, arriscava
Amálgama de palavras e letras obtia
dispersas, perdidas, incoerentes
Mesmo assim, decidida, tentava...
Apelei deuses, santos e anjos
divindades míticas dos bosques
ao vento, à tempestade, ao mar
orei que em ser vivo te tornasses
para dar, receber e amar
Percorri rotas, sinalizações
Vesti-me de cores vivas, de luz
futilidades, ornamentações
Segui leituras, observações
que sei, agora, que a ti me conduz
Trabalhei-te com calma e serenidade
Obtive o que queria
Sem sofrimento nem mágoa ou dor
desnudei-te... e tu sorrias
feliz, por mim, meu computador.
1 comentários:
Caramba! Vi o tópico POEMAS e pensei deve ter algo interessante lá, alguma coisa romantica ou algo parecido. Me acabeid e rir quando terminei de ler este lindo poema. rsrsrs. Só tu mesmo viu?!!!
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